O inchaço nas pernas é uma queixa comum que pode surgir por diferentes motivos, desde longos períodos em pé até condições que comprometem a circulação ou o equilíbrio de líquidos no corpo. Embora em muitos casos o sintoma seja passageiro, há situações em que ele se torna persistente e começa a afetar o bem-estar e a rotina diária.
Quando o inchaço não melhora com medidas simples, como repouso e elevação das pernas, é importante buscar avaliação médica. O problema pode estar relacionado a fatores circulatórios, linfáticos ou hormonais, exigindo um tratamento mais direcionado, que pode incluir abordagens clínicas ou, em alguns casos, cirúrgicas.
Neste artigo, você vai entender o que pode causar o inchaço nas pernas, quais os riscos de ignorar o problema, como identificar quando se trata de um quadro de lipedema e em que situações a cirurgia se torna uma opção recomendada para o tratamento.
O que pode causar o inchaço nas pernas
O inchaço nas pernas pode ter diversas origens, desde causas simples, como longos períodos em pé, até condições médicas mais complexas, como retenção de líquidos, insuficiência venosa e problemas linfáticos. Em muitos casos, o sintoma está relacionado ao estilo de vida, alimentação e sedentarismo.
Quando o quadro é persistente, acompanhado de dor e sensibilidade, pode indicar uma alteração metabólica ou vascular que precisa ser investigada. Por isso, é importante diferenciar o inchaço temporário — aquele que melhora com repouso e elevação dos membros — do que está associado a doenças crônicas, como o lipedema.
O que é o lipedema e como ele afeta as pernas
O lipedema é uma doença crônica caracterizada pelo acúmulo desproporcional de gordura no corpo, especialmente nas pernas e nos braços. Diferente da obesidade, o inchaço não está relacionado à alimentação e não melhora com dietas ou exercícios físicos.
A condição afeta principalmente as mulheres e é influenciada por fatores hormonais e genéticos, geralmente surgindo após fases de mudanças hormonais, como a puberdade, gestação ou menopausa. O diagnóstico precoce é fundamental para evitar a progressão da doença e as limitações que ela pode causar.
Sintomas e sinais que ajudam a identificar o problema
Entre os principais sintomas do lipedema estão:
- Inchaço constante e sensação de peso nas pernas;
- Dor ao toque e sensibilidade aumentada;
- Tendência a hematomas espontâneos;
- Dificuldade de reduzir o volume das pernas, mesmo com exercícios;
- Diferença visível entre o tamanho das pernas e o restante do corpo.
Esses sinais costumam impactar o dia a dia das pacientes, prejudicando a autoestima e a mobilidade.
Riscos de não tratar o lipedema corretamente
Quando o lipedema não é tratado, o inchaço tende a se agravar e a limitar atividades simples, como caminhar ou permanecer em pé por longos períodos. O acúmulo de gordura pode evoluir para fibrose, dificultando ainda mais a circulação e o retorno linfático.
Além do impacto físico, o problema também afeta a saúde emocional. A dor constante, a dificuldade de vestir roupas e a aparência das pernas podem gerar ansiedade e isolamento social. Por isso, buscar ajuda médica é essencial para evitar complicações e encontrar o tratamento adequado.
Quando considerar a cirurgia para pernas inchadas
A cirurgia para pernas inchadas é indicada quando o tratamento clínico, como drenagem linfática, uso de meias compressivas e fisioterapia, não é suficiente para controlar o inchaço e aliviar os sintomas. A decisão deve ser tomada após avaliação detalhada com um especialista em lipedema.
O principal objetivo do procedimento é remover o tecido adiposo doente e melhorar o retorno venoso e linfático. A indicação depende do estágio da doença, da intensidade do desconforto e da resposta aos tratamentos conservadores.
Cada caso é avaliado individualmente, levando em consideração fatores como idade, histórico clínico e expectativas da paciente. O acompanhamento médico contínuo é indispensável para garantir resultados seguros e duradouros.
Como é feito o tratamento cirúrgico para pernas inchadas
A cirurgia para pernas inchadas envolve técnicas específicas voltadas para o lipedema, com o objetivo de eliminar o tecido adiposo alterado sem prejudicar vasos e linfas. O método mais utilizado é a lipoaspiração tumescente, adaptada para preservar as estruturas linfáticas e reduzir o risco de complicações.
Etapas do procedimento cirúrgico
A cirurgia é realizada sob anestesia local ou geral, dependendo da extensão da área tratada. O cirurgião injeta uma solução que facilita a remoção da gordura e reduz o sangramento. Em seguida, é feita a aspiração cuidadosa do tecido, modelando as pernas e restabelecendo o contorno corporal.
O tempo de duração do procedimento varia conforme o grau do lipedema e as regiões tratadas. Em alguns casos, são necessárias mais de uma sessão para alcançar o resultado desejado, obedecendo aos limites da margem de segurança, que variam de 5% a 7% do peso corporal da paciente.
Cuidados antes e depois da cirurgia
Antes da cirurgia, é fundamental seguir as orientações médicas para garantir segurança e bons resultados. O cirurgião pode solicitar exames laboratoriais e de imagem, além de avaliar o histórico clínico da paciente para identificar possíveis contraindicações.
Nas semanas que antecedem a operação, o ideal é suspender medicamentos anticoagulantes sob orientação médica, manter uma alimentação equilibrada e evitar o consumo de álcool e cigarro. Esses cuidados ajudam a reduzir complicações e favorecem uma recuperação mais tranquila.
Resultados esperados e tempo de recuperação
A cirurgia traz melhora significativa na dor, na sensação de peso e no volume das pernas. Além dos benefícios clínicos e estéticos, há também os ganhos funcionais, como maior mobilidade e bem-estar.
A recuperação completa pode levar algumas semanas, variando conforme a resposta do organismo e a adesão aos cuidados pós-operatórios. Os resultados tendem a ser duradouros quando aliados a um estilo de vida saudável e acompanhamento médico regular.
Cuidados complementares após a cirurgia
Nos primeiros dias após a cirurgia, o corpo inicia um processo de adaptação que exige paciência e cuidado. É normal haver algum inchaço, e o uso contínuo das meias de compressão, aliado às sessões de drenagem linfática, ajuda a controlar esse desconforto e a evitar o acúmulo de líquidos.
A alimentação também desempenha um papel importante nesse momento. Priorizar alimentos leves, ricos em nutrientes e manter uma boa hidratação contribui para a cicatrização e reduz inflamações. Paralelamente, a fisioterapia pode ser iniciada de forma gradual, favorecendo a mobilidade, a circulação e o retorno seguro às atividades do dia a dia.
O acompanhamento médico regular completa esse processo. As consultas de revisão permitem avaliar a evolução da cicatrização, monitorar o aspecto estético e identificar precocemente qualquer alteração. Cuidar do corpo com atenção e constância é o que garante que os resultados da cirurgia sejam duradouros.
Se operar antes da gestação, perco o resultado?
Essa é uma dúvida muito comum entre mulheres que desejam engravidar no futuro. A cirurgia para lipedema não impede a gestação, e a maioria das pacientes mantém os resultados mesmo após a gravidez, desde que siga as orientações médicas durante todo o processo.
A gestação é um período de intensas alterações hormonais, que podem favorecer retenção de líquidos e aumento do edema, mas isso não significa que o lipedema vai “voltar” ou que o resultado cirúrgico será perdido. O que pode acontecer é uma variação temporária no volume das pernas, que tende a melhorar após o parto e com o retorno da rotina de cuidados.
O mais importante é ter acompanhamento especializado antes, durante e depois da gestação. Manter hábitos saudáveis, usar meias de compressão quando indicado e seguir as recomendações do cirurgião ajuda a preservar o contorno das pernas e a estabilidade do resultado.
O lipedema pode ir para os braços após a cirurgia das pernas?
Não. O lipedema não se espalha de uma região para outra após a cirurgia. O que pode acontecer é que áreas que já tinham tendência ao lipedema, mas ainda em estágio inicial, tornem-se mais perceptíveis ao longo do tempo.
Ou seja, se a paciente já tinha um início de lipedema nos braços antes da cirurgia, esse quadro pode evoluir naturalmente.
A chave para evitar agravamento em outras áreas é manter o acompanhamento contínuo, hábitos saudáveis e monitorar qualquer mudança no corpo. Dessa forma, é possível identificar precocemente sinais nos braços e tratar adequadamente se necessário.
Dr.ᵃ Juliana Reis: especialista em cirurgia para Lipedema
Referência nacional no tratamento cirúrgico do lipedema, a Dr.ᵃ Juliana Reis é reconhecida pelo cuidado humanizado e pela precisão técnica com que conduz cada caso. Sua atuação é marcada pela combinação entre conhecimento científico, escuta atenta e compromisso com resultados seguros e naturais.
Além disso, ela conta com uma equipe multidisciplinar dedicada ao diagnóstico e tratamento do lipedema, sempre com foco na recuperação da mobilidade, do bem-estar e da autoestima das pacientes.
Se você sofre com o inchaço nas pernas e quer entender se a cirurgia é indicada para o seu caso, agende uma consulta com a Dr.ᵃ Juliana Reis e conheça um atendimento que une técnica, acolhimento e dedicação em cada detalhe.